NOVE HORAS DE MANHÂ

1 comentário:

aliik disse...

ela aparece na varanda e o soalho range debaixo dos seus passos estremunhados os olhos entreabertos pela frescura luminosa o cheiro matinal. Inicia o gesto, mas não chega a tocar o gradeamento de madeira da varanda, porque a fotografia é esse momento fugidio e natural em que a mão vai em direcção ao corrimão,na luz limpa da manhã. nesse momento exacto o livro cai dentro da casa e ecoa no silêncio adormecido dos compartimentos encerados. ela não o ouviu, no exterior ouve-se apenas a suavidade do mar e o clic da tua máquina fotográfica